A biomassa é considerada hoje como uma das fontes de produção de energia com maior potencial de crescimento no mundo e vem tomando um importante espaço também no Brasil. Porém, para que a biomassa se consolide como uma fonte economicamente viável, ela depende de processos modernos e altamente eficientes tecnologicamente para sua produção, distribuição e utilização. Esta é uma das razões pelas quais a modernização do uso industrial da biomassa começou pelos países mais desenvolvidos, em especial os países nórdicos, nos quais o mercado de biocombustíveis sólidos manufaturados já está consolidado e em franco crescimento devido às metas de substituição radical dos combustíveis fósseis por fontes renováveis (HALL et all 2005)
Os Pellets de madeira são utilizados na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, onde o uso é normal na maioria das residências, pequenas e médias indústrias e para geração de energia elétrica. Um mercado de mais de 30 milhões de toneladas por ano, segundo pesquisa recente EPC Survey 2018 e Hawkins Wrigth, Future Metrics and FAO. Em 2018 a América do Sul surge no cenário internacional, em conjunto com os grandes produtores como América do Norte (EUA e Canadá), Europa e Ásia.. Há mais de 10 anos que o governo americano e alguns governos europeus vêm subsidiando o aprimoramento e a compra de aquecedores residenciais e comerciais movidos a Pellets (SERRANO, 2009).
Os cinco maiores consumidores de Pellets são Reino Unido, 7,5 Mi, Itália 3,5 Mi, Dinamarca 3,3 Mi, Alemanha 2,1 Mi e França com 1,6 Mi, os incentivos governamentais são para a construção de termoelétricas a Pellets. A estratégia da França, por sua vez, foi reduzir o imposto equivalente ao ICMS de 19% para 5,5% para produtos relacionados ao biocombustível, além de restituir metade dos custos de produção (SERRANO, 2009).
Essas e outras medidas foram tomadas para viabilizar o cumprimento das metas de redução das emissões de Gases do Efeito Estufa em 20% até 2020. Desde então, o mercado para as biomassas sólidas adensadas, sobretudo os Pellets, tem aumentado progressivamente. Porém, o maior problema para os grandes consumidores de Pellets, é a oferta de matéria-prima. O crescimento do comércio intra-indústria e do mercado para o produto sobretudo na Europa, aliado a um inverno rigoroso que aconteceu há dez anos, causou, na Europa, problemas de abastecimento de Pellets de madeira. O que fez com que os preços subissem, deixando o valor dos Pellets e do óleo combustível quase no mesmo patamar. Essas dificuldades de fornecimento são basicamente relacionadas à falta de estoquede resíduosde madeira. Desta maneira, o potencial do Brasil de entrar no mercado como produtor e exportador de Pellets de madeira é cada vez maior.
De acordo com informações da Revista da Madeira, O Brasil é um país que reúne muitas vantagens comparativas que o tornam capaz de atuar como líder no mercado mundial de biomassa, em particular aqueles dedicados aos Pellets, com destaque às grandes áreas disponíveis para o reflorestamento e a produção acelerada devido à intensa radiação solar recebida o ano todo.
A Revista cita ainda que o Brasil possui área de reflorestamento com 6,7 milhões de hectares, com uma matriz energética positivamente diferente da matriz global, onde mais de 40% da energia consumida é renovável, enquanto no resto do mundo a participação é de pouco mais de 10% e a madeira contribui com cerca de 30% desta energia renovável. Essa matriz energética, limpa e sustentável, pode ser explicada por alguns privilégios da natureza, como uma bacia hidrográfica com vários rios, a qual é fundamental à produção de eletricidade, além do fato de ser o maior país tropical do mundo, diferencial determinante para a produção de energia de biomassa.
Por fim, o crescimento da produção e venda de Pellets no mercado internacional e no Brasil, traz muitos benefícios, tanto para o consumidor e produtor, quanto para a própria população, pois quando se trabalha com um tipo de biocombustível renovável e certificado, como no caso da produção de Pellets da Koala Energy, há vantagens que vão desde as ambientais, com produção totalmente sustentável e com emissão neutra de CO2, até a garantia de não proporcionar riscos aos clientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALL, D.O.; HOUSE, J. I.; SCRASE, I. Visão geral de energia e biomassa. In ROSILLO-CALE, BAJAY EROTHMAN.“Uso da Biomassa para Produção de Energia na Indústria Brasileira”. Campinas, São Paulo. Editora da UNICAMP, 2005.
TAVARES e TAVARES. Perspectivas para a participação do Brasil no mercado internacional de Pellets.2025. Disponível em: https://bit.ly/2S0XWHb. Acesso em 14/02/2019.
REVISTA DA MADEIRA. Edição N°133. Dezembro de 2012. Disponível em: https://bit.ly/2SRNQwM. Acesso em 14/02/2019.
SERRANO, D.M.C. Avaliação do Potencial de Produção e Exportação de Pellets Combustível no Polo Florestal da Região Sul do Brasil. 2009. 104 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas, SP, 2009.
BIOENERGY EUROPE , Highlights from Bioenergy Europe's 2018 Statistical Report. 2019 Webinar for Certificated Producers by Cristina Calderón and Gilles Gauthier.